quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

Guitar Wolf-Jet Generation (disco) e Wild Zero (filme)


Depois de um post com Frank Sinatra, venho por meio dessa reduzir a idade mental do nosso blog a níveis negativos, e o que seria melhor para isso que um disco de Punk Rock e um filme de zumbi?

Em comum entre essas duas obras primas está a genial banda Guitar Wolf, psychobillies japoneses que segundo uma definição muito acertada de alguém no youtube sabem tocar os instrumentos na proporção inversa em que usam roupas de couro.

No disco você vai encontrar o mais puro e cru Rock'n'Roll, com toneladas de microfonia, letras em japonês e inglês cheio de sotaque.

No filme você vai dar de cara com a louca história de Ace, fã da banda que se apaixona por uma garota muito tímida em meio a uma grande infecção zumbi alienígena, para ajudá-lo nessa situação ele contará com os conselhos de Guitar Wolf (guitarrista e vocalista da banda) e com uma ajuda mais violenta de Guitar e seus companheiros Drum Wolf e Bass Wolf, numa trajetória aos cantos mais escuros do cinema trash.




Baixe


Até a próxima e LOCK'N'LOOOOOOOOOOOOOOOOOLL prá vocês.

sábado, 26 de dezembro de 2009

Frank Sinatra - In The Wee Small Hours




Pode parecer estranho para vocês leitores, mas eu sou um grande fã de Frank Sinatra, e principalmente do disco que aqui apresento-lhes. In The Wee Small Hours foi o primeiro disco de Sinatra a se encaixar no que ele chamava e do que até hoje chamamos de álbum conceitual, isso em meados da década de 50. Bem, o conceito não poderia ser pior, digo, pior pra ele, bom para nós (ou não). Sinatra estava em seu período conhecido como "I lost Ava Gardner" (acho que não preciso explicar), sua época mais "sombria", e isso se reflete nesse disco repletos de sad songs que são fodas. Muitas delas composições de Cole Porter (sinônimo de fodisse pra quem não sabe), mas o melhor no disco são os arranjos minimalistas, sem as mega orquestras que estamos acostumados a ouvir nas músicas de Ol' Blue Eyes, palmas para Nelson Riddle (seria parente do Voldemort? Eita! Piada péssima).

DOWNLOAD
Parte 2

Senha: NAVinc 
Agradecimentos a Renan

quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

Especial Love Parte 3-Forever Changes

Véspera de natal e último dia do nosso especial com a banda que liderou a cena psicodélica de Los Angeles.


Love-Forever Changes



Para fechar o nosso especial nada melhor do que a obra-prima da nossa "banda-alvo", e é justamente isso que Forever Changes representa na carreira do Love. Lançado em 1968 esse albúm não teve a participação de nenhum dos membros originais da banda além do líder Arthur Lee. No lugar de banda original entrou uma orquestra, que não era qualquer uma, foi a mesma que tinha participado do disco Pet Sounds dos Beach Boys. Esse trabalho faz parte da grande onda sessentista de bandas tocando com orquestras e não deve em nada para seus iguais (eu, inclusive, acho ele bem melhor que o Sargeant Pepper's), assim como o disco de ontem é um disco tão coeso e com músicas tão boas que nem vale a pena citar uma música em separado, basta dizer que é esse disco a razão do culto ao Love que está ficando cada vez mais forte agora na era da internet. Baixe, e você poderá dizer aos seus netos que você ouviu uma obra-prima. Té a próxima.

quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

Especial Love Parte 2-Da Capo

Hoje é dia da segunda parte do especial de natal do Bixo com a banda de Arthur Lee, negão que pavimentou o caminho que viria a ser seguido por Jimi Hendrix ao topo do mundo do rock. E o disco da vez é o meu preferido da banda trata-se de...

Love-Da Capo




Lançado em 1967, Da Capo é um disco com o formato que me parece ser o perfeito: 6 músicas apenas de um lado e uma jam mais compridinha como a última faixa (ocupando o lado B inteiro do vinil). Um meio termo exato entre a música mais inexperiente e pop do primeiro disco e as orquestras psicodélicas e a música "mais madura" do terceiro, para mim esse disco É o Love. Pode parecer exagero, mas esse disco só tem música boa, nem vale a pena destacar música nenhuma (talvez "7 and 7 is", hit do disco e única deles a entrar no top 40), é baixar e se satisfazer, vai lá garotão!!!!!

terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Especial Love Parte 1-Love

No penúltimo post desse blog eu larguei a dica de que o próximo post ia ser especial e aqui está ele (ou parte dele). Pela primeira vez na história desse blog nós vamos ter três posts seguidos (um por dia eu quis dizer), e o assunto será um só ..... LOVE.
Para cada dia teremos um dos três primeiros e mais importantes discos dessa banda que influenciou os Doors, o Jimi Hendrix e praticamente qualquer um que tomou um ácido e tocou um instrumento nos anos 60.
Agora ao que importa.
LOVE-LOVE

Baixe

Nada melhor para começar do que o começo, o que no nosso caso quer dizer "Love", disco homônimo que apresentou ao mundo a banda de Arthur Lee. O albúm já começa com a melhor música: "My Little Red Book", mas a próxima ("Can't Explain") não deixa a onda baixar, e essas duas são bons exemplos da pressão que têm as músicas mais animadas da banda. No lado das baladas temos "Gazing" e "No Matter What You Do" além de umas outras também muito boas que têm aquele esquema: melosíssimas mas mesmo assim (ou talvez por isso mesmo) fodaças. Esse é o disco perfeito para se conhecer a banda, logo, baixe e siga-nos nessa jornada amanhã.

Inté.

sábado, 19 de dezembro de 2009

Planet Hemp - A Invasão do Sagaz Homem Fumaça

O disco esquecido em todas as listas de melhores da década. Um dos nomes de álbuns mais fodásticos da história. Só podia ser do Planet Hemp. Ouça essa pérola e fique chapado (chaaaa-paaado)! É o Bixo fazendo sua cabeça!



Lembre-se: É o Bixo desaprova a pirataria. Nós nunca atacaríamos um navio.

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Maquinado-Homem Binário





Hoje no Bixo um disco um pouco diferente do que geralmente rola por essas bandas. A onda de hoje é o disco "Homem Binário" do Maquinado, projeto paralelo de Lúcio Maia guitarrista da sagrada Nação Zumbi.
Apesar de ser cria de um guitarrista esse albúm não é um exibicionismo de "guitar hero", não tendo, por exemplo, nenhum solo de guitarra. A intenção de Lúcio foi mais no sentido de explorar as possibilidades de se fazer musica usando toda a parafernália eletrônica atual, porém algo do regionalismo da Nação também está presente, é o caso da música "Alados" que tem nos vocais um músico tradicional (que eu falho em não saber o nome). As participações especiais, aliás, são quase constantes nesse disco, sendo todas, tirando a já citada, feitas por membros da cena independente nacional.
Contraditoriamente, num disco cheio de participações, as melhores músicas são as que contam com o próprio Lúcio nos vocais, "Sem Conserto" e "Vendi a Alma" são ambas geniais. Continuando com as contradições, logo depois dessas duas a melhor é "O Som" que tem nos vocais o vocalista da Nação Zumbi, Jorge Du Peixe. Isso para mim significa somente uma coisa: a Nação é perfeita.
Outra peculiaridade envolvendo esse projeto é a absurda diferença do som gravado para o ao vivo. Ao vivo a guitarra faz a festa e Lúcio mostra que é o melhor guitarrista em atividade no Brasil (sendo Sérgio Dias e Pepeu Gomes os melhores de todos os tempos), com muito improviso nas suas cucas enluaradas, fazendo uma busquinha no youtube uma obrigação para quem curtir o disco.
Para resumir, música brasileira e eletrônica, sem que um exclua o outro e na melhor forma dos dois: nada de MPBostices ou bate-estaca, um pouquinho de Dub e a melhor guitarra que hoje soa em nosso solo, logo quem gosta de música vai baixar e, como diria Pandré, se lambuzar.
Até a próxima com um post muito especial.

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

She & Him - Volume One / Pulp Fiction Soundtrack

O Natal está chegando, caros leitores do Bixo, e como em qualquer rede de supermecados, quem ganha o presente é você! Bem, hoje vamos de algo bem atual. Muitos de vocês talvez não vão gostar (o meu querido Akinzão da Pavuna deve ser um deles) dessa dupla, que não é sertaneja, que eu vou apresentar a vocês. As músicas são fofinhas, definitivamente não é muito o perfil dos bixeiros, mas eu me amarro muito e como o post é meu, foda-se, certo?




Pois bem, a dupla é formada por M. Ward (o primeiro nome dele whatever) e a lindíssima (põe íssima nisso) atriz e cantora Zooey Deschanel. Sim, a que fez O Guia do Mochileiro das Galáxias, Sim Senhor e agora está em cartaz com 500 Dias de Amor (se não me engano. Não vi, mas fui bem recomendado). Além de ser bonita, rica etc. e tal, ela ainda tem uma voz de explodir a cabeça. Como eu disse, as músicas fazem o estilo fofinho e não tem o selo Parental Advisory tão comum aqui, mas são BOAS. Inclusive com belos covers, como I Should Have Known Better dos Beatles e os standards You Really Gotta Hold On Me e Swing Low, Sweet Chariot, que vem como Untitled no disco. Resumindo, vale a pena dar uma chance a si mesmo de gostar.

DOWNLOAD

Então, como é Natal (e meu birthday chegando aí também. Aceito presentes), você leva de bônus A TRILHA SONORA DE PULP FICTION! É genial! A jukebox do Tarantino é simplesmente o Graal de todos os amantes da música boa. Destaque para as falas do filme intercaladas, incluido a foderosa passagem de Ezequiel 25:17, que eu praticamente já decorei. Lambuze-se!



Beijo do gordo.

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Roots of Chicha-Psychedelic Cumbias From Peru (Coletânea)

Aproveitando o clima de música latina que o último post deixou, o Bixo mergulha de cabeça na alucinante e alucinada Cumbia peruana, nessa compilação que a muito tempo já estava pedindo para aparecer por aqui.
Hoje o "Bixo" trás uma coletânea que mostra o poder de transformação que os anos 60 tiveram na música pop mundial. Trata-se de "The Roots of Chicha" que põe no mesmo disco os maiores expoentes da revolução que os intrumentos elétricos causaram na Cumbia feita em solo peruano (também conhecida como Chicha).
A História desse ritmo começa com o boom do petróleo no Peru, que gerou uma grande migração de indíos e descendentes indígenas do coração da amazônia para as grandes cidades. Chegando lá esses compadres que nunca tinham visto nem uma lâmpada acesa deram de cara com guitarras e órgãos elétricos, pedais de efeito e sintetizadores de todo tipo, além de uma cena musical com a qual eles nunca haviam feito contato antes.
Em pouco tempo esses heróis da classe operária assimilaram a onda toda e souberam com maestria, tomando como base os ritmos indígena misturar os efeitos wah-wah e reverb da guitarra Surf Music, a percurssão endiabrada dos ritmos afro-cubanos, a psicodelia dos órgãos Farfisa e sintetizadores Moog e toneladas do swing da cumbia original de fábrica colombiana. Assim nasceu a Chicha (nome que originalmente batiza uma bebida alcoólica feita com milho fermentado, pasme, na saliva das índias).















Por não fazer muito sucesso entre "a zelite" de seu país a Chicha nunca fez muito barulho internacionalmente mas agora você poderá ouvir a sintonia perfeita entre as duas guitarras de Los Mirlos, a loucura indíegena de Los Hijos del Sol, o calor sonoro de Los Diablos Rojos, o pioneirismo de Eusebio y su Banjo e Los Destellos, além da piração drogada de Juaneco y su Combo (uma das musicas deles nesse disco se chama "Vacilando con Ayahuasca").
Agora é baixar, curtir e dar aquela comentada.













Baixe