terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Maquinado-Homem Binário





Hoje no Bixo um disco um pouco diferente do que geralmente rola por essas bandas. A onda de hoje é o disco "Homem Binário" do Maquinado, projeto paralelo de Lúcio Maia guitarrista da sagrada Nação Zumbi.
Apesar de ser cria de um guitarrista esse albúm não é um exibicionismo de "guitar hero", não tendo, por exemplo, nenhum solo de guitarra. A intenção de Lúcio foi mais no sentido de explorar as possibilidades de se fazer musica usando toda a parafernália eletrônica atual, porém algo do regionalismo da Nação também está presente, é o caso da música "Alados" que tem nos vocais um músico tradicional (que eu falho em não saber o nome). As participações especiais, aliás, são quase constantes nesse disco, sendo todas, tirando a já citada, feitas por membros da cena independente nacional.
Contraditoriamente, num disco cheio de participações, as melhores músicas são as que contam com o próprio Lúcio nos vocais, "Sem Conserto" e "Vendi a Alma" são ambas geniais. Continuando com as contradições, logo depois dessas duas a melhor é "O Som" que tem nos vocais o vocalista da Nação Zumbi, Jorge Du Peixe. Isso para mim significa somente uma coisa: a Nação é perfeita.
Outra peculiaridade envolvendo esse projeto é a absurda diferença do som gravado para o ao vivo. Ao vivo a guitarra faz a festa e Lúcio mostra que é o melhor guitarrista em atividade no Brasil (sendo Sérgio Dias e Pepeu Gomes os melhores de todos os tempos), com muito improviso nas suas cucas enluaradas, fazendo uma busquinha no youtube uma obrigação para quem curtir o disco.
Para resumir, música brasileira e eletrônica, sem que um exclua o outro e na melhor forma dos dois: nada de MPBostices ou bate-estaca, um pouquinho de Dub e a melhor guitarra que hoje soa em nosso solo, logo quem gosta de música vai baixar e, como diria Pandré, se lambuzar.
Até a próxima com um post muito especial.

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